O subcomandante Marcos divulgou a primeira parte da série de textos que formarão a chamada Sexta Declaração da selva Lacadona. Na declaração que promete ter várias partes, se fará público o conteúdo aprovado na consulta interna às comunidades indígenas, nas reuniões e assembléias realizadas na mais de mil comunidades de Chiapas nos últimos dias.
O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) deixou nas entrelinhas que a nova iniciativa política consistirá em uma aproximação com setores sociais que compartilham as carências dos indígenas zapatistas. "Talvez unidos com outros setores sociais que tenham as mesmas carências que nós será possível conseguir o que necessitamos e merecemos".
"De nenhuma maneira haverá nenhum impedimento legal para que os zapatistas possam se incorporar à vida política do país através da organização que eles decidam construir para participar na vida política desta nação", disse ontem em entrevista coletiva o porta-voz da Presidência do México, Rubén Aguilar. O porta-voz abriu a possibilidade de que se retirem as acusações contra o líder da guerrilha zapatista, o "subcomandante Marcos", e o resto dos insurgentes para "facilitar" sua inserção na política. Mas em seu comunicado de anteontem o líder zapatista não esclareceu qual será a forma de organização política que seguirão.
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