Depois de reforçar o embargo à Cuba, os Estados Unidos criaram esta semana uma "coordenadoria para a transição cubana", com o objetivo, segundo o governo norte-americano, de "acelerar o fim da tirania cubana". A iniciativa foi duramente criticada pelo governo de Cuba, que a classificou como uma pequena mostra das agressões do governo dos Estados Unidos contra a ilha.
O republicano Caleb McCarry vai assumir o cargo, depois de ter seu nome confirmado pela Casa Branca. Na reunião em que McCarry foi nomeado, a secretária de estado norte-americana, Condoleezza Rice, afirmou que "durante cerca de 50 anos, o regime o regime de Castro condenou a população de Cuba a um destino trágico de repressão e pobreza".
O líder cubano, Fidel Castro, reagiu à iniciativa. Num discurso pronunciado no Teatro Karl Max, durante as comemorações pelos 52 anos dos assaltos aos quartéis Montada e Carlos Manoel Céspedes, que deram início a Revolução Cubana de 1959. Fidel Castro disse que a administração de George W. Bush encarna um ódio "repugnante" e "sinistro" contra a população do país.
A decisão dos Estados Unidos de criar o cargo de "coordenador para a transição cubana" dá força a investida norte-americana de tentar derrubar o governo castrista. Em outubro de 2003, George W. Bush anunciou a criação da comissão para o planejamento da transição em Cuba. No ano passado, o presidente resolveu reforçar o embargo contra Cuba através de medidas como a ampliação das restrições ao envio de dinheiro e encomendas e às viagens à ilha.
Adital
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