Manuel Contreras

Segundo a imprensa chilena, Silberman foi detido no dia 04 de outubro de 1974. O ministro Jorge Zepeda também condenou a pena igual o brigadeiro Marcelo Moren Brito. Na sentença solicita ainda à Corte Suprema a extradição de Armando Fernández Larios, que vive hoje nos Estados Unidos, que é acusado também como autor.

O juiz determinou que o Estado indenize com 250 milhões de pesos a viúva de Silberman pelo dano causado e a mesma soma foi decretada para os três filhos da vítima. David Silberman era engenheiro, militava no Partido Comunista. No dia 15 de setembro de 1973 teve sua detenção ordenada e foi submetido a um processo por um Tribunal Militar para tempos de guerra, de Calama. Em 28 de setembro do mesmo ano, o Conselho de Guerra ditou uma sentença condenando-o à pena de 10 anos de prisão por delitos contemplados na Lei de Segurança do Estado e a três anos pela Lei de Controle de Armas.

No entanto, no dia 04 de outubro de 1974 foi retirado da penitenciária de Santiago por agentes da DINA e transferido para a casa de José Domingo Cañas. O preso foi torturado nesta casa e no centro clandestino de 4 Alamos. Desde essa data, se desconhece seu paradeiro.

Silberman foi uma das primeiras vítimas da Operação Colombo, efetuada pela DINA entre 1974 e 1975, que implicou na execução de 119 opositores políticos da ditadura.

Recentemente, Manuel Contreras entregou à Corte Suprema um informe que revela detalhes acerca dos mecanismos de repressão da ditadura e do paradeiro de 580 detidos desaparecidos. O texto é denominado "Introdução à entrega de documentos que demonstram as verdadeiras responsabilidades das instituições de defesa nacional na luta contra o terrorismo no Chile".

Contreras esclarece que a entidade que dirigia "jamais atuou ou executou atividades por própria iniciativa, pois as funções que cumpriu se transformaram em ordens explícitas e categóricas emitidas por meu Superior direto já mencionado (o ditador Augusto Pinochet)".

Adital