O governo cubano afirmou nesta sexta-feira em comunicado oficial que a Casa Branca tinha libertado o tristemente célebre terrorista Luis Posada Carriles apenas como uma medida de precaução para evitar que ele revelasse detalhes comprometedores de sua atividade na CIA. Entre eles a participação de Washington na Operação Condor, a guerra suja contra a Nicarágua e Cuba e os vínculos da família Bush com estes fatos.
Entre outros aspectos, o artigo publicado no jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, salienta que o governo estadunidense agiu visando compensar Posada para ele ficar calado, comprando desse jeito seu silêncio e garantindo a secretividade de suas ações.
O editoral do jornal também afirma que atuando desse jeito o governo norte-americano ignorou o clamor da comunidade mundial, cujos protestos contra a libertação do conotado terrorista foram mais que evidentes.
Aliás, critica a não utilização dos mecanismos legais correspondentes, como a Seção 412 da Lei Patriota dos Estados Unidos, sob cuja perspectiva sua libertação “ameaça a segurança nacional dos Estados Unidos ou a segurança da comunidade ou de qualquer pessoa”.
Entre as possibilidades que o governo norte-americano desdenha totalmente estão as regulamentações que permitem ao Serviço de Imigração e Alfândegas reter um estrangeiro não admissível – como é o caso – no território de seu país e deportá-lo.
Para isso bastaria as autoridades norte-americanas determinarem que Posada Carriles é um risco para a comunidade. Mas ninguém fez nada...
Enquanto isso, familiares das vítimas do atentado ao avião de 1976, fazem vigília perante a Repartição de Interesses dos EUA em Havana, com retratos das vítimas.
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