Falando por ocasião da Conferência sobre o Ensino universitário islâmico, a 26 de Julho de 2017, o Presidente Recep Tayyip Erdoğan confirmou a iminente criação de uma Universidade islâmica em Istambul.
Ele propôs nomear como reitor dela o pregador-vedeta dos Irmãos Muçulmanos, Xeque Yusuf al-Qaradawi, que a Arábia Saudita e Egipto acabam de colocar na sua lista de líderes terroristas.
Yusuf al-Qaradawi foi destituído da sua nacionalidade, em 1997, pelo Presidente egípcio Gamal Abdel Nasser. Durante a guerra civil na Argélia, foi considerado pelo Ministro do Interior francês, Charles Pasqua, como um dos principais líderes terroristas. Ele fora então proibido de entrar em França e os seus livros censurados. Em 2004, foi nomeado pelo Príncipe Charles administrador do Centro de Oxford para os Estudos Islâmicos. Sempre apoiado pelo Reino Unido, tornou-se, aquando da preparação da «Primavera Árabe», no conselheiro espiritual do canal de televisão catariano Al-Jazeera. Sucessivamente, ele apelou ao assassinato de Muamar Kadafi e de Bachar Al-Assad. Em 2015, ele declarou que Recep Tayyip Erdoğan deveria suceder a Abu Bakr al-Baghdadi como o próximo califa do Islão.
A Universidade Islâmica de Istambul é um projecto visando rivalizar com a Universidade al-Azhar do Cairo, a referência intelectual no mundo muçulmano. Esta, com efeito «perdeu toda a dignidade» (sic) desde que os estudantes «podem aí cruzar-se com mulheres que estão amamentando» (re-sic).
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