A tônica e o inimigo são os mesmos. A resolução final do II Congresso Bolivariano dos Povos, reiterou a necessidade de manter articulada uma rede de moviementos sociais do continente contra as políticas que ameaçam a livre determinação dos povos e sua sobrevivência.
Reunidos na capital venezuelana, entre os dias 6 a 9 de dezembro, mais de 200 delegados da América Latina e Caribe discutiram como ampliar a articulação dos movimentos sociais frente aos principais desafios. As políticas neoliberais e suas e suas variadas vertentes como os tratados de livre comércio, a militarização do continente e a exploração dos recursos naturais centralizaram as discussões do encontro que teve como consígna a unidade latinoamericana.
No encerramento do encontro, do qual participou o presidente Hugo Chávez, Marcia Campos, presidente da Federação Democrática de Mulheres (Brasil), apresentou a declaração de Caracas, a qual "reafirma a decisão de lutar unidos por nossas definitiva independência (...) em uma mudança favorável na correlação de forças a favor dos povos, expresso nas vitórias e nos avanços eleitorais, na luta pela construção de um modelo de desenvolvimento humanista,alternativos às políticas do capitalismo neoliberal”.
Entre as principais propostas está a formação de uma Organização Internacional de Trabalhadores, a consolidação de um Tribunal Bolivariano dos Povos, com atuação permanente e a criação de um banco de sementes crioulas, para preservar as variedades em ameaça pela expansão do agronegócio. Os delegados plantearam outorgar a Chávez o prêmio Benito Juárez, que a organização mexicana de mesmo nome entrega aos líderes mundiais que lutam pela paz e pelos direitos dos povos.
"Sonhamos, os dirigentes camponeses, que esses povos condenados ao extermínio se convertam em poder", discursou o líder do Movimento ao Socialismo (MAS) Evo Morales .
No caminho em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos recursos naturais do continente, Morales, reafirmou a necessidade da criação da Petroamérica (empresa petroleira que associaría as principias industrias do continente) como um dos caminhos para defender a extração sustentável do recurso.
“Não podemos permitir que as riquezas ou os recursos econômicos se concentrem em poucas mãos. Não pode haver em nossos países latifúndios (...) não é possível que as transnacionais continuem saqueando fundamentalmente o petróleo (...) temos que convencer os nossos gobernantes a apoiara criaçãod a Petroamérica", afirmou Morales.
Para o líder do MAS, que saiu fortalecido nas eleições regionais na Bolivia, a criação da Petroamérica, que seria a maior indústria exportadora do mundo, seria um dos caminhos para a construção de uma nova lógica de integração econômica.
O presidente venezuelano, que no encerramento do encontro de intelectuais, dia 5, propôs o enlace entre as redes dos intelectuais e dos movimentos sociais, reiterou a urgência para a formação de um movimento internacional para enfrentar as agressões a Cuba, a Venezuela e "às que serão lançadas a qualquer governo ou qualquer país que se afaste do imperio", disse Chávez. (com informações de Venpres e RNV)
Permaneçam em Contacto
Sigam-nos nas Redes Sociais
Subscribe to weekly newsletter