Ambos se encontraram na cidade venezuelana de Puerto Ordaz no dia 21 e anunciaram acordos que qualificaram de “inesperados” e que dão um “salto qualitativo” nos esforços de integração.

O anúncio dos novos convênios entre Venezuela e Argentina foram feitos ao mesmo tempo em que circulavam notícias de que emperrava mais uma vez as negociações dos Estados Unidos para conseguir o Tratado de Livre Comércio (TLC) Andino com Colômbia, Equador e Peru. A declaração assinada por Chávez e Kirchner ao final do encontro afirma que já estão lançadas as bases para impulsionar a troca no comércio e em outros âmbitos de relação bilateral “tanto por meio do Mercosul como da Comunidade Sul-Americana de Nações”.

Os presidentes se comprometeram a trabalhar para que a Venezuela passe a integrar já em dezembro o Mercosul como membro permanente. Atualmente, essa condição vale apenas para Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, os fundadores do bloco comercial. Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador e a própria Venezuela são considerados membros associados.

Gás natural

Chávez e Kirchner também decidiram que vão avançar na construção de um megagasoduto de seis mil quilômetros que beneficiará Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. “A realização de um projeto dessa envergadura será um dos passos decisivos para o processo de integração, dada a importância vital da energia para o desenvolvimento da economia regional”, registra a declaração final.

Os dois presidentes defenderam também a criação de um Fundo Monetário Latino-Americano, contrapondo- se ao Fundo Monetário Internacional (FMI), para “garantir a autonomia de nossos países na escolha das vias mais convenientes em seus processos de desenvolvimento econômica e social”.(Prensa Latina, www.prensa-latina.com)