Sr. presidente da Câmara,
Sr. vice-presidente,
membros do Congresso,
distintos convidados e concidadãos americanos:
No mês passado fui à Base Andrews da Força Aérea e dei as boas vindas a alguns de nossos últimos soldados a servir no Iraque. Juntos, oferecemos uma saudação final e orgulhosa à bandeira sob a qual mais de um milhão de nossos concidadãos lutaram – e milhares deram suas vidas.
Nós nos reunimos esta noite sabendo que esta geração de heróis tornou os Estados Unidos mais seguros e mais respeitados em todo o mundo. Pela primeira vez em nove anos, não há americanos lutando no Iraque. Pela primeira vez em duas décadas, Osama bin Laden não é uma ameaça a este país. Os principais líderes da Al Qaeda foram derrotados. O ímpeto do Taleban foi quebrado, e alguns dos soldados no Afeganistão começaram a voltar para casa.
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Também estamos tornando mais fácil para as empresas americanas vender produtos em todo o mundo. Dois anos atrás, eu defini uma meta de dobrar as exportações dos EUA ao longo de cinco anos. Com os acordos comerciais bipartidários que sancionamos, estamos no caminho certo para cumprir essa meta – antes do previsto. E em breve, haverá milhões de novos clientes para os produtos americanos no Panamá, Colômbia e Coreia do Sul. Em breve, haverá novos carros nas ruas de Seul importados de Detroit, Toledo e Chicago.
Irei a qualquer lugar do mundo para abrir novos mercados para os produtos americanos. E não ficarei parado quando os nossos concorrentes não seguirem as regras. Movemos duas vezes mais ações judiciais comerciais contra a China do que o governo anterior – e isso fez diferença. Mais de mil americanos estão trabalhando hoje porque impedimos o aumento [da importação] de pneus chineses. Mas precisamos fazer mais. Não está certo que outro país permita que nossos filmes, música e software sejam pirateados. Não é justo que fabricantes estrangeiros tenham vantagem sobre os nossos apenas porque são fortemente subsidiados.
Esta noite, anunciarei a criação de uma Unidade de Fiscalização do Comércio que será encarregada de investigar práticas comerciais desleais em países como a China. Haverá mais inspeções para evitar que produtos falsificados ou perigosos cruzem nossas fronteiras. E este Congresso deve se certificar de que nenhuma empresa estrangeira tenha vantagem sobre os produtos manufaturados americanos, quando se trata de obter acesso a financiamentos ou a novos mercados como a Rússia. ...
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Acabar com a guerra no Iraque nos permitiu dar golpes decisivos contra nossos inimigos. Desde o Paquistão ao Iêmen, os agentes da Al Qaeda que permanecem estão se dispersando, sabendo que não podem escapar do alcance dos Estados Unidos da América.
A partir desta posição de força, começamos a pôr fim à guerra no Afeganistão. Dez mil dos nossos soldados voltaram para casa. Vinte e três mil mais sairão até o fim do verão [junho-setembro]. Essa transição para a liderança afegã continuará e construiremos uma parceria duradoura com o Afeganistão para que não volte a ser uma fonte de ataques contra os Estados Unidos.
Enquanto a maré da guerra recua, uma onda de mudança tem lavado todo o Oriente Médio e a África do Norte, de Tunis ao Cairo; de Saná a Tripoli. Um ano atrás, Kadafi era um dos ditadores que permaneceu mais tempo no poder – um assassino com sangue americano nas mãos. Hoje ele já se foi. E na Síria não tenho dúvidas de que o regime de Assad logo descobrirá que as forças da mudança não podem ser revertidas e que a dignidade humana não pode ser negada.
Como esta transformação incrível terminará permanece incerto. Mas temos grande participação no resultado. E, embora em última análise caiba ao povo da região decidir seu destino, defenderemos os valores que serviram nosso próprio país tão bem. Nos oporemos à violência e à intimidação. Defenderemos os direitos e a dignidade de todos os seres humanos – homens e mulheres; cristãos, muçulmanos e judeus. Apoiaremos as políticas que levem a democracias fortes e estáveis e a mercados abertos, pois a tirania não é páreo para a liberdade.
E garantiremos a própria segurança dos Estados Unidos contra aqueles que ameaçam nossos cidadãos, nossos amigos e nossos interesses. Olhem para o Irã. Através do poder de nossa diplomacia, um mundo que antes era dividido sobre como lidar com o programa nuclear do Irã hoje está unido. O regime está mais isolado do que nunca; seus líderes são confrontados com sanções paralisantes e, enquanto se esquivarem de suas responsabilidades, essa pressão não arrefecerá. Que não haja dúvidas: os Estados Unidos estão determinados a impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear e eu não tirarei nenhuma opção da mesa para atingir esse objetivo. Mas uma solução pacífica para essa questão ainda é possível e muito melhor e, se o Irã mudar de curso e cumprir suas obrigações, poderá reingressar à comunidade das nações.
A renovação da liderança americana pode ser sentida em todo o mundo. Nossas antigas alianças na Europa e Ásia estão mais fortes do que nunca. Nossos laços com as Américas estão mais profundos. Nosso compromisso férreo – e quero dizer férreo – com a segurança de Israel significou a mais estreita cooperação militar entre os dois países na história. Deixamos claro que os Estados Unidos são uma potência do Pacífico, e um novo começo na Birmânia acendeu uma nova esperança. Das coligações que construímos para proteger materiais nucleares, às missões contra a fome e a doença; dos golpes que desferimos contra nossos inimigos ao poder duradouro de nosso exemplo moral, os EUA estão de volta.
Qualquer um que disser o contrário, quem disser que os EUA estão em declínio, ou que a nossa influência diminuiu, não sabem o que estão falando. Essa não é a mensagem que recebemos de líderes ao redor do mundo, que estão ansiosos por trabalhar conosco. Não é assim que as pessoas se sentem de Tóquio a Berlim, da Cidade do Cabo ao Rio, onde as opiniões sobre os EUA estão mais elevadas do que jamais em anos. Sim, o mundo está mudando. Não, nós não podemos controlar todos os eventos. Mas os EUA continuam sendo a nação indispensável nos assuntos mundiais – e enquanto eu for presidente, eu pretendo mantê-la assim.
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Uma dos pertences de que mais me orgulho é a bandeira que a unidade SEAL [a força de elite da Marinha americana] levou na missão para capturar bin Laden. Nela está impresso cada um de seus nomes. Alguns podem ser democratas. Alguns podem ser republicanos. Mas isso não importa. Assim como não importava naquele dia na Sala de Crise [da Casa Branca], quando me sentei ao lado de Bob Gates – um homem que foi secretário da Defesa de George Bush; e Hillary Clinton, uma mulher que concorreu contra mim para presidente.
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... Cada vez que olho para aquela bandeira, sou lembrado de que nosso destino está costurado como as cinquenta estrelas e as treze listras. Ninguém construiu este país por conta própria. Esta nação é grande porque nós a construímos juntos. Esta nação é grande porque trabalhamos como uma equipe. Esta nação é grande porque cuidamos uns dos outros. E, se nos ativermos a essa verdade neste momento de provação, não haverá desafio grande demais; nenhuma missão muito difícil. Enquanto estivermos unidos por um propósito comum, enquanto mantivermos nossa determinação comum, nossa jornada avançará, nosso futuro será de esperança, e o estado de nossa União será sempre forte.
Obrigado, Deus os abençoe, e que Deus abençoe os Estados Unidos da América.
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