O governo iraniano interveio junto da França no caso do Centro Zahra [1]. Segundo Teerão, a acusação de preparação de um atentado contra a reunião dos Mujahedins do Povo, em 30 de Junho de 2018, é o fruto de um complô de um Estado.
Negando qualquer responsabilidade do seu país neste assunto, o porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Bahram Ghasemi, apelou à França para se sentar a uma mesa e confrontar as informações bilaterais.
Paris soltou (liberou-br) imediatamente o representante do Aiatola Ali Khamenei, e líder dos xiitas de França, Yahia Gouasmi, que havia detido durante várias horas.
O Ministério francês do Interior já não fala de detenções, mas, apenas de 12 «visitas domiciliares» (buscas). A 3 de Outubro, apenas uma pessoa permanecia sob custódia.
O Ministro do Interior, Gérard Collomb, que anunciara desejar deixar, até ao final de 2019, as suas funções para se candidatar ao município de Lyon, em 2020, apresentou subitamente a sua demissão, primeiro precisamente antes da operação policial, depois, uma segunda vez, durante a intervenção iraniana. Ela acabou aceite.
Respondendo às perguntas de jornalistas, Gouasmi acusou Israel de ter organizado esta falsa pista terrorista para prejudicar a imagem do Irão.
[1] “Interpelação do representante do Aiatola Khamenei em França”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 4 de Outubro de 2018.
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