Um advogado suspeito de estar envolvido no atentado que matou um promotor foi morto em um conflito com a polícia, dia 23. No tiroteiro, um dos investigadores morreo e outros está hospitalizado.
O ministro de Interior e Justica, Jessé Chacón, informou que o advogado Antonio López se enfrentou a tiros com patrulhas da polícia de investigação que suspeitava da participação de López no atentado a bomba que matou Danilo Anderson na última quinta-feira.
Chacón disse que o grupo de investigações chegaram a López por meio de cruzamento de informações. Segundo o ministro o grupo que planejou e executou a explosão no carro do promotor tinha como objetivo desestabilizar o país, por meio de perseguições a funcionários públicos.
O promotor assassinado se tornou um dos desafetos da oposição por ter se encarregado das investigações sobre os envolvidos no golpe de 11 de abril de 2002, dos assinantes do decreto de Pedro Carmona - o qual suspendeu a Constituição e destituía a Assembléia Nacional, e o caso do prefeito Capriles Radonski acusado de ter liderado o ataque à embaixada de Cuba, no mesmo ano. O governo acredita que se trata de um crime político.
Após o confronto no centro de Caracas, a polícia encontrou armas e uma granada no carro do advogado. Em uma busca realizada na casa de López foram encontrados fusis, armas, granadas, colete à prova de balas e uma grande quantidade de explosivos. “Temos um arsenal aquí. Prova que Lopéz recebeu treinamento”, disse Chácon.
Também foi encontrado um disposito para ativar bombas, o que segundo o ministro de Interior e Justiça “capacitava” o atentado. “Não sabemos se o fez, mas aqui temos um dispositivo similar. Falta saber quem colocou (no carro). Pode ter sido outra pessoa”, disse Chácon.
Segundo o ministro, López foi treinado em 2000 nas escolas estadunidenses “onde se formam mercenários para as forças de ocupação” com técnicas de detonação de explosivos. “Ele tinha fortes vínculos com a CIA (Agëncia de Informação dos EUA)”, disse Chácon.
A morte do promotor reacendeu o clima de tensão no país. Antes de viajar a Espanha, de onde partirá para Líbia, Rússia e Ira, o presidente Hugo Chávez assinou um decreto para a criação de um plano de combate ao terrorismo no país. "Quero na prisão os assassinos, custe o que custar (...) sempre no marco da constituição e das leis", afirmou o presidente venezuelano. (com informações da Rádio Nacional da Venezuela).
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