Caracas receberá entre os dias 1º e 7 de dezembro mais de 400 personalidades dos cinco continentes que participarão do Encontro Mundial de Artistas e Intelectuais em Defesa da Humanidade. Políticas alternativas frente ao neoliberalismo, integração entre os países, os tratados de livre comércio e a defesa da soberania e identidade dos povos serão alguns dos temas debatidos.
No celeiro de idéias em que estarão reunidos artistas, economistas, historiadores e sociólogos de variadas correntes do pensamento mundial, a proposta é debater em 10 mesas de trabalhos alternativas para solucionar problemas como a aplicação da cartilha neoliberal, o poder dos meios de comunicação e o abismo entre teoria e prática no que se refere à possibilidade de mudanças.
Venezuela, palco do debate, tem significado para as correntes progressistas de todo o mundo um alternativa real de mudanças à ordem política mundial e de enfrentamento a lógica neoliberal, temas centrais nas messas de trabalho.
O presidente Hugo Chávez, de volta de uma série de visitas oficiais pela Espanha, Líbia, Rússia e Irã, nas quais reiterou suas críticas à invasão estadunidense no Iraque, participará da abertura oficial do encontro, dia 1, no Teatro Teresa Careno.
Entre a programação que inclui mesas de trabalho e uma assembléia geral para apresentação das propostas finais, os intelectuais visitarão as missões sociais que marcam a chamada Revolução Bolivariana. "É importante que conheçam parte importante deste processo de mudança", disse o ministro da Cultura, Francisco Sesto, em entrevista coletiva.
"O mundo tem avançado no desenvolvimento em tecnología, saúde, genética, alimentos, e no entanto, a pobreza e as dificudades dos povos avançam", comentou Sesto.
Entre as principais personalidades que circularão por Caracas nos próximos dias estão: o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, o escritor paquistanês Tariq Ali, o embaixador da Organização das Nações Unidas para a Alimentação, Zean Ziegler, o cientista político brasileiro Emir Sader, o sociólogo argentino Atílio Boron, o ministro da Cultura de Cuba, Abel Prieto, o escritor e jornalista inglês Richard Gott, entre outros.
A idéia de realizar o encontro, que poderá ser extendido a outros países nos próximos anos, nasceu no I Encontro de Escritores Cuba-Venezuela e foi concretizada em abril de 2003, no México. No domingo, dia 5, o evento será encerrado com uma concentração no centro de Caracas com o cantor cubano Pablo Milanés, a chilena Isabel Parra, entre outros artistas latinoamericanos.
As mesas de trabalho estarão divididas nos seguintes temas:
– Em defesa de um planeta para todos
– Em defesa da integração dos povos
– Em defesa da soberania e legalidade internacional
– Em defesa da diversidade e da cultura para todos
– Em defesa da participação popular
– Em defesa da veracidade e pluralidade informativa
– Em defesa da memória
– Em defesa da Paz
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