Além de enfrentar o narcotráfico, a descoberta da rede de lavagem de dinheiro representa uma contundente resposta aos Estados Unidos, que acusa o governo venezuelano de não colaborar com a luta antidrogas na região. Há um mês, o presidente Chávez rompeu o convênio que mantinha com a Agência Antidrogas estadunidense (DEA, na sigla em inglês). Na avaliação do presidente, a DEA "utilizava a luta contra o narcotráfico como máscara para fazer inteligência antigovernamental na Venezuela".
Alguns militares das Forças Armadas vão além e afirmam que o trabalho da DEA, ao contrário do que se divulga, procura facilitar o tráfico de drogas, e não combatê-lo. A resposta da agência estadunidense frente às críticas foi a negativa da certificação dada aos países que desenvolvem planos de combate ao tráfico.
Após um mês da cisão, ao mesmo tempo que anunciava a intervenção das fazendas, o ministro de Interior e Justiça, Jesse Chacón, reestabeleceu a comunicação com Washington, por meio do embaixador estadunidense, em Caracas, William Browsfield, para reorientar o trabalho de cooperação entre a DEA e a Venezuela.
O trabalho realizado pela Guarda Nacional colocou a Venezuela em uma situação vantajosa. "Mostramos aos Estados Unidos que não necessitamos da ajuda deles para combater as drogas. Isso para nós é questão de soberania nacional", afirma o general Jaime Escalante. Nesse cenário, o ministro Chacón anunciou que a tentativa de um novo acordo deve, em primeiro lugar, respeitar a soberania do país.
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