O presidente cubano Fidel Castro Ruz afirmou que faz o preciso para recuperar sua saúde, disse que está melhor alimentado e considerou que isto pode ser um bom sintoma, sem que haja segredo algum.
As declarações do também primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba foram transmitidas nesta terça-feira na Mesa Redonda da TV e Rádio Cubanas.
No espaço foi apresentado um vídeo da conversação informal que teve Fidel no meio-dia da segunda-feira (04) com o âncora do programa Randy Alonso, em cujo transcurso o líder da Revolução cubana tratou vários temas.
Com bom ânimo expressivo e com vestuário esportivo vermelho, azul e branco (as cores da bandeira cuaban), Fidel tornou evidente que recobra forças, após ser submetido a uma delicada intervenção cirúrgica há uns dez meses, que foi seguida de outras, que requereram de um adequado período de convalescença.
"Por enquanto não penso bater o recorde do japonês, mestre retirado que aos 71 anos de idade dois meses e dois dias subiu o pico Everest e bateu outro de 70 anos, sete meses e 13 dias. Seria preciso perguntar a ele como foi sua vida e de como se alimentava, porque - muito melhor balançado - o alimento produz resultados no organismo", disse Fidel.
Fidel salientou que na medida que as pessoas conheçam o valor dos alimentos, mais consciência tomarão para resistir a tirania mundial, "porque o último invento de utilizar alimentos como matéria-prima (para produzir biocombustíveis, nota ACN) é verdadeiramente horrível".
O presidente afirmou que possui suficiente material para fazer
reflexões escritas, mas reconheceu que uma Mesa Redonda tem maior alcance.
"Eu usava óculos, porque tinha miopia - comentou - mas com os anos a miopia foi se reduzindo e disse: isso quer dizer que estou ficando mais novo? Mas soube que a natureza não quer dizer que você tem menos anos, o que para mim foi decepcionante. O outro é a vista cansada e tive a sorte de ela não ter me atacado", afirmou.
"Eu digo a meus compatriotas que estou fazendo o que agora devo fazer e mais nada porque não há segredo algum. Mais claro não dá para falar", reiterou.
Qualificou de "batalha campal" a reação popular de protesto na Alemanha perante a chegada ali do presidente norte-americano George W. Bush para participar da reunião do grupo G-8.
Afirmou que se trata de uma medida da consciência que o mundo ganha sobre os temas atuais que afetam a Humanidade, "sobre o que continuaremos a falar", assinalou o mandatário cubano.
Com sua habitual exatidão, Fidel também ofereceu detalhes sobre a conversa de mais de oito horas no sábado prévio (03) com Nong Duc Manh, secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista do Vietnã, que durante vários dias realizou uma visita de trabalho a Cuba, perante uma ampla delegação desse país.
A Mesa Redonda, aliás, exibiu o documentário realizado sobre a turnê de Fidel por países asiáticos há uns anos chamado de Hanói a Hiroshima.
Além disso Randy Alonso anunciou que a entrevista foi transmitida ao vivo pelas redes Telesur y VTV da Venezuela, sem contar que as redes hispânicas dos Estados Unidos Univisión e Telemundo, interromperam seus espaços para emitir fragmentos da conversa entre o jornalista e o líder, apesar de sua tradicional relutância para com Fidel.
A CNN e outros meios de importância global resenharam a notícia.
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