Durante um discurso aos Bassijis (jovens milícias) e retransmitido pela televisão pública, o Aiatola Ali Khamenei, Guia da Revolução Iraniana, anunciou que o seu país reagiria sem demora se o Senado dos Estados Unidos confirmasse o voto de novas sanções contra seu país pela Câmara dos Representantes [1].
Enquanto que em aplicação do Acordo 5 + 1, sobre o programa de pesquisas nucleares iraniano, as sanções das Nações Unidas, da União Europeia e dos Estados Unidos foram levantadas, a Câmara dos Representantes aprovou as mesmas disposições, outra vez, por novas razões. Desta vez, trata-se oficialmente de punir o não respeito pelos direitos do Homem, o apoio à Resistência palestina e libanesa, qualificadas de «terroristas», e o programa de mísseis balísticos.
Se as sanções norte-americanas forem prolongadas por 10 anos, trata-se seguramente de uma violação do Acordo 5 + 1, afirmou o Guia, mesmo que elas se elas surgem com uma outra justificação.
A 14 de Novembro de 2016, a Câmara dos Representantes aprovou uma proposta de lei renovando as sanções contra o Irão e anulando as operações realizadas durante o período do seu levantamento (H.Res.921, HR 5711, HR5982).
A decisão do Congresso poderá não ter seguimento com a nova administração. Entretanto, numa palestra pronunciada a 1 de Dezembro de 2015, perante o Westminster Institute da Virginia, o próximo director da CIA, Mike Pompeo, declarou considerar o Aiatola Khomeini e à Revolução anti-imperialista iraniana como o «Mal absoluto» [2].
[1] “If US extends sanctions, Iran will not stand by idly: Ayatollah Khamenei” («Se os E.U. prolongam as sanções, o Irão não ficará de braços cruzados : Aiatola Khamenei»- ndT), Khamenei.ir, November 23, 2016.
[2] “Dealing with Iran in a Post-Deal World” («Lidando com o Irão num Mundo Post-Acordo»- ndT), Mike Pompeo, Westminster Institute, Decembre 1, 2015.
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