Era a informação mais importante da operação « Torrente de Al-Aqsa », mas, no entanto, escapou-nos. O ataque a Israel não foi conduzido pelos jiadistas do Hamas, mas por quatro grupos armados unidos. É a primeira vez, desde há cinquenta anos, que os Palestinianos de Gaza se juntam.
Queira-se ou não, os longos anos de indiferença ocidental pela sorte dos Palestinianos terminaram. Agora, vai ser preciso começar à aplicar o Direito Internacional.
Rede Voltaire | 14 de Outubro de 2023
Este artigo dá sequência a :
• « Mudança de paradigma na Palestina », Rede Voltaire, 11 de Outubro de 2023.
Contrariamente àquilo que escrevi na semana passada, com base nos despachos das agências de imprensa ocidentais e árabes, o ataque de Israel de 7 de Outubro, de 2023 (Operação « Torrente de Al-Aqsa ») não foi apenas perpetrado pelo Hamas. O seu desencadeamento foi decidido por uma câmara de operações unitária do conjunto da Resistência Palestiniana. O Hamas, que é de longe o principal componente, forneceu o essencial das tropas, mas três outros grupos participaram :
a Jihad islâmica (sunnita e khomeynista),
a Frente popular de libertação da Palestina (marxista)
e a Frente popular de libertação da Palestina-Comando Geral (FPLP-CG).
A imprensa ocidental deu conta dos crimes bárbaros cometidos por alguns dos atacantes, mas não da delicadeza de alguns outros. Este jornalismo vesgo não deve espantar-nos.
Esta precisão modifica a interpretação do acontecimento. Já não se trata mais de uma operação jiadista dos Irmãos Muçulmanos, mas de um ataque do conjunto dos Palestinianos de Gaza. Apenas a Fatah da Cisjordânia, que se mantêm à parte dos grupos citados acima e cujo Presidente, Mahmud Abbas, está gravemente doente, não participou.
O objectivo desta operação não era de «matar judeus», mesmo que alguns jiadistas do Hamas o tenham feito, mas sim fazer prisioneiros, civis e militares, para os trocar pelos detidos árabes das prisões de alta segurança israelitas (israelenses-br) [1]. Estes nem sempre são combatentes, mas por vezes civis. Eles foram levados sem poder trocar de roupa, para lembrar o modo como o Exército israelita tratara os prisioneiros egípcios no final da Guerra dos Seis Dias.
Lembremos que o conflito israelo-palestiniano não opõe dois Estados (o de Israel ainda não tem fronteiras e o da Palestina ainda não é reconhecido), mas sim duas populações. Esta é uma situação especial : os Palestinianos não são representados por um Estado e os Israelitas têm responsabilidades adicionais enquanto potência ocupante.
Estes eventos ocorrem quando, em 15 de Maio de 2023, o Conselho de Cooperação do Golfo, o Grupo dos 77, a Liga dos Estados Árabes, a Organização de Cooperação Islâmica e a China apelaram à suspensão de Israel das Nações Unidas até que Telavive respeite os seus próprios compromissos [2] .
1° A Operação « Torrente de Al-Aqsa » surpreendeu Israel ?
Contrariamente ao que pretendeu o Governo de coligação de Benjamin Netanyahu, a « Torrente de Al-Aqsa » não surpreendeu Israel. Este ataque estava planeado desde os enfrentamentos de Maio de 2021.
• Segundo a CNN, o Hamas treinou os seus combatentes tendo em vista desta operação durante um ano e meio [3]. Ele construiu seis campos de treino em Gaza e gravou aí filmes promocionais. Vídeos destes treinos foram publicados semanas antes do ataque [4].
• Em Março de 2023, o Hamas enviou uma grande delegação à Rússia. Nesta ocasião, fez saber ao Ministro russo dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores-br), Serguei Lavrov, que a sua paciência estava esgotada e que a sua raiva vinha « a caminho ».
• Em 2023, o Irão organizou debates entre as diversas forças anti-Israelitas da região, o Hezbolla, a Jihad islâmica e o Hamas. Elas realizaram-se em Beirute (Líbano) sob a presidência do General Ismaïl Qaani, Comandante das brigadas al-Qods dos Guardas da Revolução iraniana. Elas tinha por fim reconciliar estes actores que tinham travado uma guerra feroz em Gaza e depois na Síria. Estas reuniões foram tornadas públicas, em Maio de 2003. Nesta ocasião a imprensa libanesa evocou a preparação da operação unida de 7 de Outubro. O Irão é, pois, responsável pela reconciliação das facções palestinianas.
• Em 30 de Outubro, o Ministro egípcio da Inteligência, Kamel Abbas, telefonou ao Primeiro-Ministro israelita para o avisar de uma grande operação do Hamas contra Israel [5]. O Egipto que combate os Irmãos Muçulmanos estava inquieto por ver Israel continuar a deixá-los desenvolverem-se.
• Em 5 de Outubro, a CIA avisou a Mossad sobre uma grande operação da Resistência palestiniana unificada. Os Estados Unidos estavam preocupados com a sua amplitude. No entanto, segundo o New York Times, os relatórios da CIA (28 de Setembro e 5 de Outubro), ainda classificados, não mencionam a utilização de novas técnicas de combate pela Resistência palestiniana.
Os Serviços de Inteligência israelitas realizaram então uma reunião para avaliar a ameaça. O Shin Bet (contra-espionagem) e o Amman (Inteligência militar) participaram nela.
Portanto, o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e o seu Gabinete mentiram aos seus cidadãos ao fingirem ter sido surpreendidos pelo Hamas.
2° Porque é que Israel deixou matar os seus ?
Várias hipóteses são possíveis. Eis aqui quatro :
• Os colonos habitando ilegalmente na Cisjordânia são omnipresentes no governo israelita de coligação. Estavam cegos e surdos ao que se tramava em Gaza.
• Benjamin Netanyahu, retomando a ideologia de seu pai, Benzion Netanyahu, e do mentor deste, o Ucraniano Vladimir Jabotinsky, pensava acabar com a presença palestiniana tanto em Gaza como na Cisjordânia. Era esse quem descrevia a Palestina geográfica como « Uma terra sem Povo, para um Povo sem terra ».
• Benjamin Netanyahu, retomando um velho projecto, desejava criar um pretexto para justificar uma guerra contra o Irão e estender a influência de Israel no Médio-Oriente.
• Os discípulos norte-americanos do fascista alemão Leo Strauss, prosseguindo aquilo que fazem já na Ucrânia, desejavam criar um pretexto para justificar uma guerra mais ampla contra a Rússia.
Estas quatro hipóteses não se excluem umas às outras, nem são exaustivas.
3° O paralelo com o 11-de-Setembro
Os dirigentes israelitas estabeleceram um paralelo entre a versão oficial do ataque do Hamas e a versão oficial dos atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos. Trata-se, para eles, de sublinhar a barbárie do adversário, a surpresa do campo do Bem e de justificar as guerras que se seguirão.
Este paralelo alimenta-se do facto de o Hamas se reivindicar como o ramo palestiniano da Confraria dos Irmãos Muçulmanos, enquanto Osama Bin Laden fora treinado por Mohammad Qutb, irmão de sangue do cérebro da Confraria, Sayyid Qutb.
Este paralelo não tem base : é impossível que os atentados do 11-de-Setembro tenham sido perpetrados pela Alcaida. As autoridades norte-americanas jamais foram capazes de responder às minhas objecções [6] da sua versão. Além disso, desde estes acontecimentos novos elementos apareceram contradizendo a Administração do Presidente George W. Bush. Hoje em dia, 54% dos Norte-Americanos não acreditam na versão da Comissão de Inquérito Presidencial.
No entanto, embora continuemos a ignorar quem organizou exactamente os atentados do 11-de-Setembro, identificou-se um grupo que está implicado, o do Projecto para um Novo Século Americano (PNAC em inglês-ndT). Assim, um dos seus principais membros, Elliott Abrams, é o organizador da mudança de regime que Benjamin Netanyahu levou a cabo em Israel e que a sua Oposição qualificou como « Golpe de Estado » [6]. Ora, este indivíduo tem um pesado passado criminoso (nomeadamente, ele está implicado no genocídio de Maias pelo terrorista israelita Yitzhak Shamir e o General guatemalteco Efraín Ríos Montt [7]. Foi condenado nos Estados Unidos pelas suas mentiras [8] e o seu papel no escândalo Irão-Contras), pode-se razoavelmente questionar o seu eventual papel na passividade de Israel face à preparação do ataque do Hamas.
Em Julho último, o Presidente Joe Biden nomeou este controverso Republicano para a Comissão consultiva bipartidária dos Estados Unidos da diplomacia pública, ou seja, para a supervisão da propaganda dos EUA no mundo.
4° Quem armou o Hamas ?
Uma operação tão sofisticada implica recursos e informações dos quais só um Estado dispõe. As armas que utilizou eram originárias dos Estados Unidos, da União Soviética e da Coreia do Norte. Elas circulam no Líbano e na Palestina.
Três hipóteses foram formuladas :
= A hipótese de responsabilidade iraniana deve ser rejeitada devido ao acordo celebrado entre Hassan al-Banna, o fundador da Confraria dos Irmãos Muçulmanos, e Rouhollah Khomeini, o fundador da República islâmica do Irão. Além disso, o Irão desmentiu já nas Nações Unidas, com veemência, qualquer responsabilidade. É esta, no entanto, a teoria defendida por Elliott Abrams [9]. O Irão não é responsável pela « Torrente de Al-Aqsa », mas sim pela reconciliação das facções palestinianas.
= A hipótese da responsabilidade russa não assenta em nenhuma prova. Quando muito pode notar-se que o conflito na Palestina absorverá os meios dos Ocidentais e, portanto, diminuirá a sua pressão na Ucrânia. Da mesma forma, pode-se antecipar uma alta dos preços dos hidrocarbonetos, favorável a Moscovo (Moscou-br). No entanto, a Rússia não tem meios para lançar uma nova frente quando já se bate na Ucrânia. Além disso, Moscovo não parou de combater as milícias oriundas da Confraria dos Irmãos Muçulmanos desde a criação da Federação da Rússia. É, no entanto, a teoria que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu perante os 31 Ministros da Defesa da OTAN, em Bruxelas, no dia 11 de Outubro [10]. O Ministro israelita da Defesa, Yoav Galant, interviu por vídeo no mesmo senso [11].
= A hipótese de uma responsabilidade turca, por outro lado, mantêm-se sempre. Para além de o Presidente Recep Tayyip Erdoğan ter organizado o último congresso do Hamas na Turquia, os principais dirigentes do Hamas residem hoje em dia na Turquia, enquanto os membros da Confraria dos Irmãos Muçulmanos, enquanto organismo internacional, partilham residências entre o Reino Unido, o Catar e a Turquia. Ora, sabendo que a CIA seguia a preparação da operação do Hamas, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, telefonou ao seu homólogo turco e antigo chefe dos Serviços Secretos, Hakan Fidan, na noite de 6 para 7 de Outubro [12], quer dizer no momento em que o Hamas lançava o seu ataque e antes mesmo de o Exército israelita reagir. A seguir, Antony Blinken telefonou aos seus homólogos em Israel e na Palestina, e novamente [13] e ainda [14] na Turquia.
Por fim, durante a cimeira dos ministros da defesa da OTAN, o Secretário Loyd Austin revelou que os Estados Unidos haviam pedido à Turquia para intervir a fim de fazer libertar os reféns dos EUA. No entanto, não especificou se esta decisão tinha sido tomada antes ou depois do envio do grupo naval USS Gerald Ford.
5° Que diz o Direito Internacional a propósito do diferendo israelo-palestiniano ?
Segundo as Nações Unidas, os Palestinianos têm direito a um Estado soberano dentro das fronteiras de 1967 com Jerusalém Leste como capital. Esta fórmula implica que :
• O Estado da Palestina tem o direito a dispor do seu próprio exército (ao que Israel se opõe sem descanso) ;
• O conjunto das colónias judaicas post-1967 e Jerusalém Leste devem ser restituídos ao Estado da Palestina.
• Cada Palestiniano, ou titular de direitos, terá o direito de regressar a Israel e de aí se estabelecer (direito ao regresso). Israel deverá indemnizar aqueles cujos bens foram reciclados ou destruídos.
De acordo com as Nações Unidas, os Israelitas têm direito a um Estado soberano dentro das fronteiras de 1967, com Jerusalém Ocidental como capital. Esta fórmula implica que:
• Israel tem o direito a dispor do seu próprio exército (de que dispõe já)
• O conjunto das colónias judaicas post-1967 e de Jerusalém Leste devem ser restituídos ao Estado da Palestina. Não será impossível que Israelitas aí continuem a habitar, mas isso será enquanto estrangeiros.
• Israel deverá conceder o direito de residência a cada palestiniano, ou titular de direitos, expulso em 1948, que o solicite. Israel deverá restituir-lhe os seus bens ou indemnizá-lo (direito de regresso).
Inicialmente, estes dois Estados (Palestina e Israel) deviam ser federados no seio de um Estado supranacional binacional. Isto é claramente impossível de momento. Pode-se imaginar que uma força de paz internacional venha se interpor entre a Palestina e Israel. De novo, isso parece difícil. Por um lado, porque ninguém vai querer fazer parte dela e, por outro lado, porque não é o que previam as Nações Unidas originalmente. Esta previa o envio de observadores de manutenção da paz, mas não força militar de interposição. Por fim, pode-se imaginar desmilitarizar os dois Estados e dar-lhes garantias de não-agressão pelos vizinhos.
Todos compreendem claramente que o Direito Internacional impõe perdas consideráveis de território e de bens para Israel, ao passo que apenas envolve o abandono de reivindicações para a Palestina. Mas é o preço da justiça e da paz.
6° Qual é a reacção de Israel ?
A coligação de Benjamin Netanyahu, que inclui supremacistas judeus comparáveis aos supremacistas muçulmanos do Hamas, mudou em Agosto as leis fundamentais de Israel, um Estado sem constituição. Segundo a opinião dos observadores, nomeadamente da imprensa norte-americana, o governo procedeu a um «Golpe de Estado» ao suprimir a independência da Justiça. Manifestações monstras sacudiram Israel durante vários meses.
Face ao ataque que está a sofrer, Israel só poderá sobreviver aceitando unir a sua classe dirigente. O antigo Primeiro-Ministro Yair Lapid exigiu que os ministros supremacistas judaicos se demitam para que ele possa participar num governo de unidade nacional. Itamar Ben-Gvir (Ministro da Segurança Interna) e Bezalel Smotrich (Ministro das Finanças) apoiaram desde que estão no Governo três pogroms anti-árabes, nomeadamente o de Hawarrah [15]. No entanto, o antigo Ministro da Defesa, o General Benny Ganz, não colocou a mesma condição. Em última análise, o actual Primeiro-Ministro decidiu incluí-los ambos no seu governo, sem demitir os supremacistas judaicos. Mas, criou um conselho de guerra, do qual os supremacistas judaicos estão excluídos.
Nesse momento, a censura militar entrou em cena. Ela é tão forte que o Ministro da Informação, Distel Atbaryan, se demitiu em plena guerra.
Não é possível conhecer a exacta composição deste conselho de guerra cujas deliberações são muito acaloradas. Sabe-se apenas que o Ministro da Defesa, o General Yoav Gallant, não está no mesmo comprimento de onda que o seu predecessor, o General Benny Ganz. A tal ponto que o Primeiro-Ministro chamou em socorro o antigo Chefe de Estado-Maior, o General Gadi Eizenkot, partidário de bombardeamentos maciços de civis, para que ele participasse nas deliberações do conselho a título de observador. Em caso algum, devem os Israelitas e o resto do mundo saber como uns e outros reagem à passividade de Benjamin Netanyahu face à preparação da Operação « Torrente de Al-Aqsa » e às primeiras horas da sua aplicação. Da mesma forma, ninguém sabe o que este conselho de guerra decidiu. Até o próprio Presidente, Isaac Herzog, foi mantido fora das deliberações.
Parece que os debates evocaram a expulsão para o Egipto ou o massacre dos dois milhões de habitantes de Gaza. Foi por isso que o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, foi de urgência a Telavive apelar à calma.
7° Como é que as coisas podem evoluir ?
O Direito Internacional dá o direito a Israel de se defender face ao ataque que sofre. Foi o que fez durante cinco dias ao perseguir os atacantes que tinham introduzido no seu território. Em seguida, Israel iniciou o cerco de Gaza, enquanto o Exército israelita bombardeava a Cidade de Gaza (mas não o sul da Faixa de Gaza). Esta operação viola mais uma vez o Direito Internacional. Se se pode admitir que Israel dispõe de um direito perseguição dos combatentes palestinianos em Gaza, o cerco à Faixa de Gaza e o bombardeamento de edifícios civis são crimes de guerra. Durante uma conferência de imprensa, ficou claro que o Presidente de Israel, Isaac Herzog, ignora o que o seu Exército prepara.
Reportando-se à posição da Liga Árabe desde a Guerra dos Seis Dias, o Egipto fechou a sua fronteira com Gaza. A Liga entende apoiar as reivindicações palestinianas e recusa, pois, qualquer transferência de população e qualquer naturalização. Além disso, o Cairo não pretende assumir a responsabilidade por 2 milhões de imigrantes e sobretudo do Hamas, cuja casa-mãe, a Confraria dos Irmãos Muçulmanos, é interdita no Egipto.
O Exército israelita está pronto para reocupar a Faixa de Gaza. Ele coloca-se a toda a volta. A ocupação de Gaza constituiria uma violação do Direito Internacional, enquanto uma guerra contra-insurreicional seria, em si mesma, um crime de guerra.
Os Estados Unidos enviaram armas e munições para Israel. Eles deslocaram um grupo naval para a costa de Gaza (o porta-aviões USS Gerald Ford, o cruzador lança-mísseis guiados USS Normandy e os quatro destróieres de mísseis guiados USS Thomas Hudner, USS Ramage, USS Carney e USS Roosevelt), depois um segundo grupo naval (o porta-aviões USS Eisenhower, o cruzador lança-mísseis guiados USS Philippine Sea e os três destróieres de mísseis guiados USS Laboon, USS Mason e USS Gravely). No entanto, apelaram Israel à contenção.
Parece impossível que Israel possa levar ao seu termo o projecto de Vladimir Jabotinsky e esvaziar à força a Faixa de Gaza dos seus dois milhões de habitantes, sem intervenção internacional, a começar pela do Hezbolla. Uma retirada do Exército é o mais provável.
[1] «’Top secret’ Hamas documents show that terrorists intentionally targeted elementary schools and a youth center», Anna Schecter, NBC, October 13, 2023.
[2] «La Autoridad Palestina solicita a la ONU la suspensión de Israel por no respetar sus compromisos», Voltaire, Actualidad Internacional, N°41, 19 de mayo de 2023.
[3] «Hamas militants trained for its deadly attack in plain sight and less than a mile from Israel’s heavily fortified border» by Paul P. Murphy, Tara John, Brent Swails & Oren Liebermann, CNN, October 12, 2023. « Hamas propaganda videos reveal stunning details leading up to attack on Israel », Anderson Cooper 360, CNN, october 13, 2023.
[4] «Hamas practiced in plain sight, posting video of mock attack weeks before border breach», Canadian Press, October 13, 2023.
[5] «Egyptian General Intelligence Director supposedly warned Netanyahu about ’something fierce from Gaza’», Smadar Perry, YNetNews, October 10, 2023. «What went wrong? Questions emerge over Israel’s intelligence prowess after Hamas attack», Tia Goldenberg, Associated Press, October 9, 2023.
[6] « The U.S. Right-wing Group Behind a Conservative Legal Revolution in Israel », Nettanel Slyomovics, Ha’arets, January 30, 2023. “O Golpe de Estado dos straussianos em Israel”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 7 de Março de 2023.
[7] «Israeli Connection Not Just Guns for Guatemala», George Black, NACLA Report on the Americas, 17:3, pp. 43-45, DOI: 10.1080/10714839.1983.11723592
[8] The El Mozote Massacre : Human Rights And Global Implications, Leigh Binford, University of Arizona Press, 2016.
[9] «The Hamas Attack on Israel Couldn’t Have Happened Without Iran», Elliott Abrams, Newsweek, October 12, 2023.
[10] «In Brussels, Volodymyr Zelenskyy called on world leaders to support the people of Israel», Presidency of Ukraine, October 11, 2023.
[11] «Déclaration du secrétaire général de l’Otan : "Israël n’est pas seul"», Organisation du Traité de l’Atlantique-Nord, 12 octobre 2023.
[12] «Secretary Blinken’s Call with Turkish Foreign Minister Fidan», Department of State, October 6, 2023. NB : Há sete horas de diferença entre Israel e Washington. Vista dos Estados Unidos a operação do Hamas começou em 6 de Outubro cerca das 23 h.
[13] «Secretary Blinken’s Call with Turkish Foreign Minister Fidan», Department of State, October 7, 2023.
[14] «Secretary Blinken’s Call with Turkish Foreign Minister Fidan», Department of State, October 8, 2023.
[15] «400 colonos israelíes invaden una localidad palestina», Voltaire, Actualidad Internacional - N°30, 3 de marzo de 2023.
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