Parlamentares e ministros, principalmente israelenses e estado-unidenses, precipitaram-se para a sétima conferência de Herzliya a fim de ouvirem a revelação da estratégia israelense contra o Irão: instrumentar a pseudo-ameaça nuclear para derrubar a república islâmica que comete o erro de apoiar os movimentos resistentes da Palestina, do Iraque e do Líbano. Eis o resumo desses quatro dias de debates, como se lá estivessem estado…
O Centro Interdisciplinar de Herzliya é uma universidade privada laica que desempenha um papel central na vida política israelense. Dispõe de dois centros de investigação particulares: o Instituto contra o terrorismo, dirigido por Shabtai Shavit (director do Mossad de 1989 a 1996), e um Instituto de política e de estratégia, dirigido por Uzi Arad (antigo subdirector do Mossad). Desde 2000, o centro organiza uma conferência anual sobre a "segurança de Israel" que já se impôs como o lugar onde são accionadas as decisões estratégicas. Foi assim que, por ocasião da conferência de 2003, e não no parlamento, Ariel Sharon revelou o seu "plano de descomprometimento unilateral da Faixa de Gaza".
A sétima conferência de Herzliya teve lugar entre o dia 21 e o dia 24 de Janeiro de 2007, e os neoconservadores estado-unidenses vieram juntar-se a todos os belicistas israelenses que fizeram questão de estar presentes. Longe de ser um fórum em que actores políticos e militares confrontam as suas análises, a conferência serviu para expor estratégias futuras e em curso, e transformou-se num encontro em que cada orador tentou corroborar o precedente na denúncia do perigo iminente de um novo genocídio.
O senador do Arizona, John McCain, a intervir pelo écran. Os debates foram pontuados por intervenções, ora físicas, ora por satélite, de líderes estado-unidenses, nomeadamente de candidatos à Casa Branca, o "pacifista" John Edward e o ex-fusileiro John McCain, que rivalizaram em declarações marciais [1] .
Designar o inimigo
Os organizadores acharam por bem dar a palavra, no almoço inaugural, ao antigo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, cujas posições são conhecidas desde o seu discurso de Los Angeles. Nesse discurso, ele declarava, com o seu habitual sentido da nuance: "Nós estamos em 1938, e o Irão é a Alemanha, e lança-se agora na corrida ao armamento nuclear. As mesmas tendências: caluniar e sujar as suas vítimas enquanto lhes prepara um massacre. Ahmadinejad aprendeu com as deixas de Hitler e ninguém se preocupa com isso. Todas as semanas, ele fala em apagar Israel do mapa, e ninguém diz nada. Por vezes os judeus não falam o suficiente. A grande diferença é que Hitler embarcou no conflito e só depois tentou desenvolver armas [2] nucleares" .
Em Herzliya, Benjamin Netanyahu passou da diatribe à prática, e anunciou ao seu amável auditório que uma estratégia já havia sido determinada contra o Irão, e que Israel tinha aí dois papéis a desempenhar: [3]
– difundir nos media, a ideia de que o Irão, na linha do Reich nazi, se prepara para destruir os judeus [4] ; fazer com que o presidente Ahmadinejad seja julgado por um tribunal internacional, por actos de incitação ao genocídio (princípio da justiça preventiva);
– convencer os Estados ocidentais a adoptarem unilateralmente sanções económicas contra o Irão, de modo a pôr a sua economia de joelhos, sem que essa resolução passe pelo Conselho de Segurança da ONU. Uma operação já posta em marcha com a interdição pronunciada pelo Tesouro estado-unidense de comerciar com a banca Saderat, que serviu para transferir os petrodólares iranianos ao Hezbollah para a reconstrução do Líbano [5] .
No domingo à tarde, uma mesa redonda reunia o subsecretário de Estado estado-unidense Nicholas Burns e o vice-primeiro-ministro israelense Shaul Mofaz [6] . Competia-lhes clarificar se a estratégia israelense exposta por Netanyahu visava derrubar a República islâmica ("o regime") ou preparar a guerra. Os dois homens esforçaram-se por escapar à questão, sublinhando que se devia "afrontar o Irão" e que a "opção militar estava aberta".
Por fim, Nicholas Burns, repetindo incessantemente que os Estados Unidos desejavam regular diplomaticamente o seu diferendo com o Irão, não escondeu a sua vontade de derrubar a República islâmica independentemente da questão nuclear. Ele esclareceu que mesmo em caso de suspensão do enriquecimento de urânio, Washington continuaria as suas pressões sobre Teerão, confirmando assim que a questão nuclear não passa de um pretexto para alcançar o derrube da República islâmica. De passagem, Burns confirmou ainda que, dentro do quadro das sanções económicas unilaterais evocadas por Netanyahu, os Estados Unidos convenceriam a União Europeia a cessar todos os empréstimos e garantias relativas ao comércio com o Irão, de modo a dificultar a sua existência em grande escala.
Ainda que a palavra tenha sido dada a diversos fabricantes de armas, desde o director da Raytheon ao da Boeing, tivemos ainda de esperar pela mesa redonda "prevenção e dissuasão" para sabermos dos planos de guerra [7] . Estrela incontestada destas estratégias de salão, Richard Perle, o "príncipe das trevas", lançou-se no seu brilhante número de retórica: "Quando o Irão possuir armas nucleares, não será fácil dissuadi-lo ou contê-lo. Não é fácil ameaçar de matar uma vasta população civil em jeito de contra-ataque, e além disso, é tarde demais. Quando é que o Irão terá a bomba? Não podem estar à espera de provas para tomarem uma decisão" [8] . Que fazer? "Atacar com precisão atingindo criticamente as instalações nucleares, com eficácia e rapidez. Os bombardeiros B-2 e os mísseis de cruzeiro podem-no fazer. Israel deve fazê-lo, se é evidente que existe uma ameaça existencial. Israel deve fazê-lo e o presidente [Bush] virá juntar-se a ele" [9] .
Reorganizar as alianças
O dia de terça-feira foi consagrado às alianças, sendo que o primeiro ponto forte foi a apresentação do novo conceito estratégico de "realinhamento árabe" [10] . Dore Gold, presidente do Jerusalem Center for Public Affairs, anunciou que os Estados da região, criados pelos britânicos a partir das províncias otomanas, tinham expirado o seu tempo e que era chegado o momento de redesenhar os mapas. Depois, explicou que a linha de confronto não oporia mais Israel aos países árabes, mas antes os ocidentais e os sunitas moderados aos xiitas.
O antigo chefe de Estado-maior e actual consultor do Shalem Center, Moshe Ya’alon, sublinhou que a revolução iraniana de 1979 se produziu independentemente do conflito israelo-palestiniano. A partir daí, é possível desviar a linha de fractura da Palestina para o Irão, e ajustar o conceito de "choque de civilizações", desviando-o de um afrontamento de judeus e cristãos contra muçulmanos para uma guerra de judeus, cristãos e sunitas contra xiitas. Ya’alon foi apoiado pelo professor Bernard Lewis, radiante por poder utilizar a sua erudição para justificar as decisões do momento, e ainda por uma descrição da loucura apocalíptica do presidente Ahmadinejad, para quem a "garantia de uma destruição mútua não é dissuasiva, mas uma incitação [à utilização da bomba atómica]" [11] .
. Com ardor, o antigo director da CIA, James Woolsey, acrescentou que ninguém se devia contentar com "intervenções cirúrgicas em duas ou três instalações [nucleares]", mas que se devia "destruir o poder de Vilayat-al-Faqit" (ou seja, o poder do clero xiita). E prosseguiu: "Nós somos chamados e obrigados a usar da força contra o Irão" [12] . Uma operação que não pode ser conduzida senão pelos Estados Unidos e por Israel, porque "eu teria gostado que nós tivéssemos uma parceria com a Europa, mas estou muito assustado com a sua deterioração. A Europa está a acomodar a Sharia e está a tornar-se incrivelmente afectada pelo impulso demográfico muçulmano" [13] .
Para concluir, o ministro da defesa, Amir Peretz disse que, tendo em conta as evoluções políticas em Israel e nos Territórios, Tel-Aviv iria relançar as negociações renunciando à sua tradicional condição primeira de entrave ao terrorismo [14] . Eis que convém:
– regulamentar uma série de contenciosos que vão desde a libertação do soldado Gilad Shalit ao desmantelamento das implantações recentes; negociar, durante seis meses, com todas as autoridades que reconhecem o Estado de Israel, como por exemplo, o presidente Abbas, a partir de hoje, e o Hamas se este vier a dar esse passo, a propósito das vias de comunicação (abertura de aeroporto em Dahanya, abertura de uma passagem entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, etc). Trata-se de aproveitar em simultâneo o apoio do plano Bush e do plano saudita;
– enfim, desmantelar as organizações terroristas e negociar a solução em dois Estados.
Durante a tarde, o antigo presidente do governo espanhol, José Maria Aznar defendeu a adesão de Israel à NATO, de modo a reforçar a segurança do Estado judeu, em vez de o abandonar no meio do Próximo Oriente muçulmano [15] . Uma adesão que, a seu ver, exige uma "mudança" na Europa, pois o velho continente está actualmente submerso pela vaga demográfica muçulmana. Todavia, o entusiasmo de Aznar foi temperado por Lord Charles Guthrie of Craigiebank, antigo chefe de Estado-maior britânico, ao objectar que não estava em curso nenhum procedimento de integração do Estado judeu na aliança do atlântico norte.
Durante o jantar, a ministra dos negócios estrangeiros e da justiça, Tzipi Livni – estrela em ascensão da política israelense – anunciou que em breve Israel se dotaria de uma constituição que lhe iria permitir afirmar-se como um "Estado-nação judeu", baseado na "lei do retorno" (ou seja, no direito de imigrar reconhecido a todos os judeus da diáspora em virtude do mandato bíblico sobre a "terra prometida") [16] .
A proposição de Livni pode ser comparada com aquela dos afrikaaners da África do Sul que reconheceram bantustans unilateralmente, de modo a que o seu país, assim tornado 100% branco, não pudesse mais ser acusado de apartheid.
Reconquistar o apoio da opinião pública internacional
O dia 23 de Janeiro foi consagrado ao aprovisionamento de Israel em energia e ao apoio político da opinião pública internacional.
Muito estranhamente, este segundo ponto foi introduzido durante o almoço, pelo escritor estado-unidense Charles Murray. Já conhecido pelas suas teorias sobre a inferioridade intelectual dos negros e da sua inclinação para o crime [17] , desenvolveu a ideia de uma superioridade intelectual dos judeus. Segundo ele, os judeus terão um quociente intelectual médio de 112 contra 100 relativamente ao resto da humanidade. "Porque é que os judeus têm um quociente intelectual mais elevado do que os outros? A resposta mais simples seria dizer que os judeus são o povo eleito de Deus, mas isso significaria também desconsiderar as realizações científicas e a história dos judeus" [18] . A resposta a essa pergunta delirante estava afinal ligada ao facto de o coeficiente intelectual pretensamente mais elevado ter permitido ao povo judeu perdurar e conservar o génio da sua cultura, a qual favorece o seu quociente intelectual. Seguiram-se aplausos fervorosos dos generais sionistas.
Vários intervenientes retomaram então as afirmações da véspera, pronunciadas por Alan Dershowitz. O professor de direito de Harvard e teórico da legitimidade da tortura queixara-se longamente do aumento da tendência anti Israel na opinião pública internacional. Denunciara também a "campanha anti-semita" do antigo presidente Jimmy Carter segundo a qual Israel praticaria o apartheid na Palestina; e ainda a do antigo comandante supremo da NATO, o general Wesley Clark, que declarou que "os ricaços de Nova Iorque estavam a preparar-se para impulsionar os Estados Unidos para a guerra contra o Irão" [19] .
Natan Sharansky. Ao jantar, o antigo vice-primeiro-ministro Nathan Sharansky [20] salvaguardou a assistência quanto ao impacto das acusações de crimes de guerra proferidas pelo Hezbollah contra o Tsahal. Já não se trata de defender simplesmente Israel, é preciso defender o Tsahal, bem como o general Halutz, exclamava ele, enquanto ficávamos a saber da demissão deste último das suas funções de chefe de Estado-maior.
O futuro de Israel
O quarto e último dia foi consagrado às reformas internas a realizar em Israel, nomeadamente, no plano económico.
Para concluir esta longa conferência, o primeiro-ministro Ehud Olmert fez o ponto da situação relativamente à "ameaça iraniana" e ao "realinhamento árabe" [21] .
Ele declarou que: "o apoio do Irão ao terrorismo palestiniano – através de apoio financeiro, de fornecimento de armas e de saber-fazer, ora directamente, ora via Síria –; a assistência iraniana ao terror no Iraque, a descoberta dos meios facultados pelo Irão ao Hezbollah durante a guerra no Líbano e a assistência ainda agora recentemente oferecida ao Hamas, demonstraram a muita gente a seriedade da ameaça iraniana" [22] . Contudo, "por mais séria que seja a ameaça iraniana, um ataque nuclear contra Israel não é de modo algum iminente" [23] .
Por outras palavras, tudo o que foi dito durante três dias sobre o genocídio nuclear em potência é pura propaganda que o auditório é convidado a repetir, mas não a acreditar, sendo que a única verdadeira lamentação é a existência de um apoio às resistências da Palestina, do Iraque e do Líbano.
Olmert continuou: "essa actividade [de apoio às resistências] suscitou uma frente de oposição que inclui, com mais ou menos intensidade, todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, dos Estados Árabes, como a Arábia Saudita, os Estados do Golfo, o Egipto e a Jordânia, bem como outros Estados-chave ocidentais, como a Alemanha e o Japão" [24] .
Resta saber se essa "frente de oposição" passará da fase das declarações de intenção obtidas sob a ameaça de sanções económicas à da aliança militar.
Tradução de Rita Maia.
[1] « Hysteria at Herzliya » par Patrick J. Buchanan, Antiwar.com, 31 janvier 2007.
[2] « It’s 1938, and Iran is Germany, and it’s racing to arm itself with nuclear weapons. Same tendencies : to slander and vilify its victim in preparation for slaughter. Ahmedinijad takes his cue from Hitler, and no one cares. Every week he talks about erasing Israel from the map, and no one says anything. Sometimes the Jews don’t say that much. The big difference : is that Hitler embarked on the conflict and then tried to develop atomic weapons ».
[3] « L’ancien Premier ministre israélien Netanyahu appelle à imposer des sanctions à l’Iran », Xinhua ; « Netanyahu : Who will lead the effort against genocide, if not us ? » par Gil Hoffman et « A Prime minister in wainting ? » par Anshel Pfeffer, The Jerusalem Post, 22 janvier 2006.
[4] « Mobilisation sioniste contre l’Iran », Réseau Voltaire, 17 novembre 2006.
[5] « La guerre monétaire États-Unis/Iran en suspens », Réseau Voltaire, 19 septembre 2006.
[6] « L’Iran est sur la défensive, selon un haut responsable américain », AFP, 21 janvier 2007. « US Undersecretary of State Burns : We have to confront Iran » par Sasson Tiram, The Jerusalem Post, 22 janvier 2006.
[7] « Shadow boxing with Iran » par Anshel Pfeffer et « Analysts optimistic that West will act » par Haviv Rettig, The Jerusalem Post, 22 janvier 2006.
[8] « Iran with nuclear weapons will not be that easily deterred or detained. The threat to destroy a large civilian population in a second-strike is not an easy threat to make, and anyway, by then it’s too late. So when will Iran have a nuclear weapon ? You can’t wait for all the evidence to take a decision. »
[9] « Precision attacks to critically damage the nuclear facilities, efficiently and quickly. B-2 bombers and cruise missiles can carry it out. Israel will have to do it if it’s clear that there is a existential threat. Israel must do it and this president will join in ».
[10] « Experts at Herzliya Conference War of Global Jihad », Israel Faxx, 23 janvier 2007.
[11] « The “Mutual Assured Destruction” is not a deterrent, but an inducement to him ».
[12] « And if we use force, we should use it decisively, not execute some surgical strike on a single or two or three facilities. We need to destroy the power of the Vilayat al-Faqih if we are called upon and forced to use force against Iran ».
[13] « I wish we had a partnership with Europe, but I am afraid it is deteriorating (…) Europe is accommodating Sharia and becoming increasingly affected by the Muslim demographics in their countries ».
[14] « Peretz pousse son plan de paix avec les Palestiniens », Reuters et « Le ministre israélien de la Défense voit le Hamas comme un éventuel partenaire de négociations », Xinhua, 22 janvier 2007. « Peretz hints at Hamas talks before conditions met » par Ori Porat, The Jerusalem Post, 23 janvier 2007.
[15] « L’OTAN : Une alliance pour la liberté » par Cyril Capdevielle et « José-Maria Aznar est favorable à un bombardement du Liban par l’OTAN », Réseau Voltaire, 6 décembre 2005 et 31 juillet 2006.
[16] « Tsipi Livni pour une constitution israélienne », Communiqué de l’Ambassade d’Israël en France, 29 janvier 2007.
[17] La Bible du racisme ordinaire aux États-Unis : Bell Curve : Intelligence and Class Structure in American Life par Charles Murray et Richard J. Herrnstein, Simon & Schuster Ltd, 1996. Voir « Le Manhattan Institute, laboratoire du néo-conservatisme » par Paul Labarique, Réseau Voltaire, 15 septembre 2004.
[18] « [Why do Jews have a higher mean of intelligence ? The simplest answer would be that Jews are God’s chosen people, but that would discredit all the scientific data and history of Jewish accomplishments »
[19] « Hoelein : Deligitimization of Israel rising among US elite » par Haviv Rettig, The Jerusalem Post, 23 janvier 2007.
[20] « Natan Sharansky, idéologue de la démocratisation forcée », Réseau Voltaire, 24 février 2005.
[21] « Olmert : Nuclear Attack Not Imminent », Israel Faxx, 25 janvier 2007.
[22] « Iranian support of Palestinian terror – through financial support, provision of weapons and knowledge, both directly and through Syria – Iranian assistance of terror in Iraq, the exposure of the capabilities which reached the Hizbullah from Iran during the fighting in Lebanon and the assistance which they offered just recently to Hamas, have demonstrated to many the seriousness of the Iranian threat ».
[23] « As serious as the Iranian threat is, the threat of nuclear attack on Israel is by no means imminent ».
[24] « This activity has created an opposing front, which includes, in varying intensities, all the permanent members of the UN Security Council ; Arab states such as Saudi Arabia, the Gulf States, Egypt and Jordan ; and other key countries in the West, such as Germany and Japan ».
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